Rebelde Brazuca

Três casais formados por seis jovens que auto denominam-se rebeldes. Isso lhe parece familiar?

Pois é, a trama que estréia hoje no novo horário de novelas da Rede Record é uma versão brazuca da novela Rebelde Way, inicialmente produzida na Argentina, pela autora Cris Morena e  lançada posteriormente em vários países, sendo a versão mexicana, produzida pela Televisa, a de maior sucesso no mundo, e também a que mais se assemelha ao formato da Record.

Com ares e carinhas à lá Malhação (alguém ai lembra da Quadribanda, Dbanda, Faniquito?), o formato conta com personagens caricatos e já bem conhecidos das novelinhas teens. A patricinha, o garoto pobre, a desleixada, a problemática, são algumas das figuras que povoarão um ambiente escolar, vivendo conflitos, amores, descobertas até se unirem e formarem uma banda musical.

Saem de cena Mia, Roberta, Diego, Lupita, Miguel e Giovanni, e entram em cena Alice, Roberta, Diego, Carla, Pedro e Tomas, como mostra o quadro abaixo:

A aposta da Record tem como base o bem sucedido remake da novela Chiquititas, também de autoria da Cris Moreno, exibida de 1997 à 2002 pelo SBT. O formato obteve grande sucesso e até hoje é lembrado como uma das mais longas telenovelas da dramaturgia brasileira, somando seis temporadas.

Que o brasil é importador de criações, isso todos nós já sabemos. A grande maioria dos reality-shows, programas de games, talk-shows, series e novelas é composta por Ctrl+c /Ctrl+v do que é criado e produzido fora. Não que eu ache que o que dar certo lá fora não possa servir de inspiração pro que fazemos aqui, mas particularmente pouco me agrada esse abandono à originalidade. Acho que temos muitas e muitos "Cris Morenos", tão talentosos quanto. Mas, que ainda preferem ir pelo caminho mais fácil, o da clonagem, ao invés do caminho mais longo e trabalhoso da criação, que ao meu ver é bem mais louvável.

Pra quem estará de bobeira em casa, quiser conferir e me contar o que achou: 

Rebelde, estreiá hoje às 19h, na Rede Record.

Nesse horário ainda estarei no trabalho, que pena! (ou não!)