23 anos de desafios para jornalismo online
Diante da sua abrangência, as vantagens de estar na internet deveriam ser tremendas para o jornalismo convencional, que poderiam se apropriar das potencialidades das ferramentas eletrônicas disponíveis na rede mundial de computadores ressignificando a produção de conteúdo, com mais agilidade, poder de propagação e conteúdos mais completos. Porém, na prática, a nova era do jornalismo não tem sido tão incrivelmente fantástica assim.
Vencida a fase da pura reprodução do conteúdo impresso para as plataformas digitais, fenômeno que ficou conhecido como “shovelware”, o jornalismo avançou, porém, ainda patina em solo escorregadio e continua seu processo de mediamorfósis, com transformações que assumem uma amplitude muito maior por não se trata apenas de um novo meio, mas uma nova cultura. Uma nova realidade.
“A web representa uma mudança de paradigma comunicacional muito mais ampla que a adição de um sentido. Ela oferece um alcance global, rompendo barreiras de tempo e espaço como não tínhamos visto antes” (Alves, 2006: 95).
Vinte e três anos após o lançamento do primeiro jornal em plataforma digital no Brasil muitas são as experiências que continuam equivocadas e muito ainda se tem a aprimorar. O jornalismo ainda precisa entender que o meio digital exige identidade e linguagem próprias, que multimedialidade, hipertextualidade e interatividade não são apenas neologismo moderninhos e que o jornalista já não é mais o detentor da noticiabilidade. Isso, sem citar a celeuma do “copia e cola” que transforma portais de notícias em replicadores e merece uma análise exclusiva reservada para um outro momento.
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